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A questão não é dar cabo da ministra, mas é ela ser a superior hierárquica da responsável do GAVE (Glória Ramalho), ou seja o organismo responsável pela realização das provas de exame, cuja elaboração depende de um grupo de trabalho que só existe para este efeito e nada mais faz durante o ano. Na verdade, ninguém assume os erros de vária ordem que ocorreram nos exames - tanto no grau de dificuldade,como no tempo da realização de certos exercícios, como também em ordens crontaditórias no que aos critérios de correcção dizia respeito - tudo emanado do organismo acima citado.
Aliás tanto a ministra como o Gave, e também a confederação de pais, têm-se esquecido dos resultados catastróficos a FQ e Biologia/ Geologia do 11º ano, parecendo ignorar que estes resultados serão usados como notas de ingresso no Ensino Superior no ano de 2007.
É fácil a atribuição de culpas ao processo ensino-aprendizagem, todavia apenas os que neste processo estão envolvidos têm consciência das dificuldades, algumas provocadas pelo próprio ME - no presente ano lectivo foram testados novos programas, porém o GAVE decidiu que não havia necessidade de enviar provas modelo, como sempre fez em anos anteriores - ou seja aos alunos não foi dada oportunidade de trabalharem a tipologia de teste - excepção feita com execução de testes Nacionais parciais realizados apenas em algumas disciplinas.

"Não tenho mais palavras
Gastei-as a negar-te
Só a negar-te pude combater
O terror de te ver
Em toda a parte"
Miguel Torga

Agora que o futebol está num momento de pausa, ei-los de bolas na mão!!